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Durante julgamento, serial killer disse ouvir vozes para cometer homicídios
Audiências são relacionadas aos assassinatos de Louise Gybson e Tâmara Vanessa

O "Serial killer de Maceió", Albino Santos de Lima, está novamente sendo julgado pelo homicídios cometidos entre 2019 e 2024. Desta vez, duas audiências de instrução acontecem nesta sexta-feira (21) e durante a primeira, ocorrida pela manhã, o acusado se intitulou como justiceiro e disse estar "possuído pelo fogo do Arcanjo Miguel".
Mesmo acusado de ter praticado pelo menos 18 mortes em um período de 5 anos, as principais audiências giram entorno dos casos mais recentes. Albino deve responder, principalmente pelos homicídios qualificados das estudantes Louise Gybson Vieira de Melo, na época com 18 anos e Tamara Vanessa da Silva Santos, 21, ambas moradoras do bairro Vergel do Lago, onde a maioria dos casos foram registrados.
Ainda durante a audiência, Albino chegou a contar que ouve vozes e que não lembra dos momentos exatos em que cometeu os crimes. A 7ª Vara Criminal de Maceió já havia informado no início de março que os dois "julgamentos" são para compor as fases de depoimentos, tanto dos parentes das vítimas, quanto do próprio réu.
Albino voltou a relatar outros fatos, incluindo as seções de fotos que ele fez nas lápides de algumas vítimas, mas novamente disse que os "espíritos" o obrigavam a visitar os cemitérios.
“O que aconteceu de fato eu não me recordo, eu fui possuído pelo Arcanjo Miguel da justiça. Na Praça Padrinho Cícero, eu estava saindo da igreja em direção à minha casa e fui possuído pelo fogo do Arcanjo Miguel. Eu não sabia que era eu, eu fiquei sabendo depois da perícia que eu usei a pistola do meu pai, que ele não tinha conhecimento que eu usava pra fazer essa vontade divina", disse em depoimento.
Familiares das vítimas também participaram audiência e relataram as circunstâncias das mortes. Louise e Tâmara foram assassinadas com tiros na cabeça próximo as suas resistências, ambas no mesmo ano e tendo apenas 6 meses de diferença para cada homicídio.
O serial killer tenta alegar que sofre de problemas mentais para tentar reduzir a pena. Outros julgamentos devem ser marcados, no entanto, sem datas divulgadas.