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Acusado é condenado a 15 anos pela morte de Roberta Dias

Mãe do namorado da vítima também foi condenada

Por Redação 26/04/2025
Acusado é condenado a 15 anos pela morte de Roberta Dias
Julgamento do caso Roberta Dias. (Foto: Foto: MPE/AL.)

Após três dias, o julgamento do caso Roberta Dias chegou ao fim com a condenação de Karlo Bruno Pereira a 15 anos e Mary Jane Araújo Santos a um ano e 10 meses. Os dois foram julgados pelo assassinato de Roberta Dias, à época com 18 anos e grávida de três meses. O caso aconteceu no dia 11 de abril de 2012.

O Ministério Público sustentou a acusação por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, meio cruel e sem chance de defesa à vítima, além de aborto provocado por terceiro, que ocorre quando há perda do feto provocada por outra pessoa, que não a genitora. O MP ainda buscou a condenação por ocultação de cadáver e corrupção de menores, já que o namorado de Roberta, à época, era menor de idade e não foi denunciado.

Mary Jane foi condenada a um ano e 10 meses por ocultação de cadáver e corrupção de menores, e deve cumprir a pena em regime aberto. Já Karlo Bruno foi condenado nos quatro crimes, mas ocultação de cadáver e corrupção de menores foram prescritos, já que ele tinha menos de 21 anos quando o caso aconteceu.

O julgamento, que começou na quarta-feira (23) e se encerrou nesta sexta (25), contou com o depoimento da mãe da vítima, que se emocionou ao relatar o momento em que encontrou o corpo de Roberta.

“Quando eu fiquei sabendo que havia sido encontrado um crânio na Praia do Peba, corri para lá. Como, superficialmente, não conseguimos achar mais nada na areia, providenciei uma retroescavadeira. Algo me dizia que o corpo da minha filha estava ali. Perguntei ao operador da máquina se estava disposto a passar o dia todo naquele lugar, e ele respondeu que sim, que iria me ajudar. E só pedi que removesse a areia devagar, eu não queria machucar ainda mais a minha filha. Quando ele cavou a primeira vez, não saiu nada. Na segunda, vieram os braços. Em seguida, as costelas. Depois, achamos o sutiã, foi quando tive a certeza. Foi desesperador”.

O caso

Roberta Costa Dias desapareceu em abril de 2012, quando tinha 18 anos. O motivo do crime seria a gravidez, que se tornou indesejada pela sogra e o seu filho, Saulo de Thasso, que namorava a vítima. Ele e a mãe teriam atraído Roberta para uma rua nas proximidades do posto de saúde, onde a jovem tinha ido se consultar. A ossada de Roberta Dias só foi encontrada nove anos depois do assassinato, na Praia do Pontal do Peba, na cidade de Piaçabuçu.






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