Notícias
Andressa Urach faz cirurgia para mudar a cor dos olhos; entenda como é a queratopigmentação, proibida no Brasil
O mesmo procedimento também foi realizado pela influenciadora Maya Massafera

Andressa Urach
“Realizei um sonho de infância”, escreveu na publicação em que contou sobre a mudança.
Pouco tempo depois da realização da queratopigmentação, Urach disse que iria ao médico logo quando voltasse ao Brasil, pois estava sentindo dor forte nos olhos.
Na semana passada, a influenciadora realizou o mesmo procedimento para mudar a cor dos olhos e deixá-los verdes claros.
O que é a queratopigmentação?
Na cirurgia, é aplicado um laser, que dura 10 segundos, na superfície da córnea, sem provocar dor graças à aplicação prévia de um anestésico. O objetivo é criar uma nova íris artificial que fica à frente da original. Depois, ele começa o procedimento cirúrgico para fazer a coloração.
No Brasil, a realização do procedimento para fins estéticos, como feito por Urach e Massafera é proibida. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) permite a queratopigmentação somente em casos de pacientes com deficiência visual para revitalização das córneas esbranquiçadas nos olhos.
"A mudança da cor dos olhos por meio de pigmentação feita em intervenção cirúrgica é procedimento de alto risco, com resultados irreversíveis, que deve ser realizado apenas sob estrita recomendação médica. Dentre os problemas que podem ser causados pelo uso indevido dessa técnica estão: o surgimento de casos de lesões na córnea (parte do olho correspondente ao vidro do relógio) que podem ser persistentes e levar a perfuração do olho, infecções graves (até no interior do olho), e aumento da pressão dentro do olho", disse o Conselho numa nota publicada no ano passado.
A entidade afirmou ainda que pacientes que já foram submetidos à técnica informam dificuldade de enxergar, dor no olho, ardência, sensação de areia, aversão a luz e lacrimejamento persistente. Todas essas situações podem levar à redução da visão do paciente, seja na periferia ou no centro da visão, evoluindo em alguns casos para a cegueira permanente, continuou.
Ao jornal da USP, Pedro Carricondo, diretor do Pronto Atendimento Oftalmológico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, também alertou contra a realização do procedimento:
— Infelizmente, alguns lugares se dispõem a fazer esse tipo de procedimento e nem sempre com instrumental adequado, estéril, com agulha correta. Às vezes isso é feito com uma maquininha, o que leva a quadros de perfuração ocular, já que o aparelho não regula a profundidade correta. Também pode ocorrer a injeção do corante dentro do olho, o que é um problema muito sério. A gente vê pessoas perdendo o olho por conta disso.
Os principais riscos da queratopigmentação:
Infecções;
Perfuração do olho;
Aumento da pressão ocular; e
Redução da visão periférica.