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Grupo da FAB que transporta ministros está com 7 de 10 aeronaves inoperantes
Restrições orçamentárias prejudicam destacamento da Aeronáutica

Com menos de um terço dos recursos previstos para este ano liberado, o Grupo de Transporte Especial (GTE), da Força Aérea Brasileira (FAB), está hoje com sete aeronaves de uma frota de dez aviões inoperantes. Apenas três estão voando, diante de dificuldades para compra de querosene de aviação e mantenção do aviões de transporte. O GTE atende ministros e autoridades em viagens a trabalho.
Segundo dados do Sistema integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), de uma dotação de R$ 335,5 milhões destinados ao custeio de horas de voo e manutenção de aeronaves em 2025, apenas R$ 96,5 milhões foram liberados até a metade do ano. O valor empenhado foi de R$ 119,5 milhões.
A falta de verba também afeta alimentação e diária de militares envolvidos nas missões. A unidade também tem gastos correntes com luz e água, por exemplo.
Diante disso, as autoridades enfrentam dificuldades para conseguir voos da Força Aérea, segundo interlocutores. As aeronaves que servem à Presidência não são atribuição desse grupo da FAB e não foram afetadas.
É comum ter aeronaves no chão para manutenção programada e não programada, mas sete de uma frota de dez fora de operação, é preocupante, disse um oficial.
A lei que detalha as autoridades que podem solicitar os voos. Os ministros da Justiça, da Fazenda, da Casa Civil e da Defesa, por exemplo, têm prioridade para reservar um jato.
Outras autoridades como os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF) também têm preferência. Os demais precisam cumprir uma escala.
O Ministério da Defesa foi um dos mais afetados com a restrição noo Orçamento da União, com corte de R$ 2,5 bilhões.
Procurada, a assessoria de imprensa da FAB informou em nota que as restrições orçamentárias afetam toda a atividade operacional:
"As restrições orçamentárias ora enfrentadas pela FAB impactam não apenas o reabastecimento das aeronaves, mas todo o ciclo de operação e manutenção da frota. Esses efeitos incluem limitações na aquisição de lubrificantes, peças de reposição e na realização de reparos em motores, o que compromete a plena disponibilidade dos meios, trazendo dificuldades ao cumprimento da missão"