'Nada mudou', diz amigo de israelense morto em vulcão na Indonésia após caso semelhante com brasileira

Juliana Marins, de 24 anos, caiu no Monte Rinjani, onde outro turista já havia morrido em 2022; casos reacendem debate sobre falhas de segurança na trilha

Por Agência O Globo - 27/06/2025

A morte da brasileira Juliana Marins, de 24 anos, no Monte Rinjani, na Indonésia, reacendeu o alerta sobre a falta de segurança no local. Há dois anos, o israelense Boaz Bar Anan, de 37 anos, escorregou enquanto tirava fotos na mesma trilha.

Juliana estava sozinha na montanha e desapareceu após escorregar durante a descida, no último sábado (21).Ela caiu cerca de 300 metros em uma área íngreme e de difícil acesso. Seu corpo foi encontrado dias depois, a aproximadamente 600 metros da trilha oficial, com o auxílio de drones utilizados pelas equipes de resgate.

O caso traz à tona semelhanças com o acidente de Boaz Bar Anan, turista israelense de 37 anos que caiu do mesmo monte em agosto de 2022, enquanto tirava fotos com um grupo. Em entrevista à CNN, o amigo dele, Michael Morozov, relatou que Boaz havia entregado o celular a outro trilheiro quando perdeu o equilíbrio e despencou cerca de 200 metros. Na ocasião, os socorristas também enfrentaram dificuldades extremas para acessar o local e concluir o resgate.

“As operações são perigosas e muito lentas. No caso do Boaz, demorou quase uma semana para localizarem e retirarem o corpo. Pelo que vi agora com Juliana, infelizmente, nada mudou”, afirmou Morozov. Ele também destacou os entraves diplomáticos que complicaram a comunicação na época, já que Indonésia e Israel não mantêm relações oficiais. No caso da brasileira, a Embaixada do Brasil acompanhou de perto o trabalho das equipes locais.

Com 3.726 metros de altitude, o Monte Rinjani é o segundo ponto mais alto da Indonésia e um dos destinos mais procurados por turistas aventureiros.