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Veja vídeo: os dois ‘lobos terríveis’, geneticamente modificados, têm agora 6 meses de idade – e dobraram de tamanho

Os dois filhotes de seis meses, junto com a irmã mais nova estão sob os cuidados da Colossal Biosciences

Por Agência O Globo - 01/07/2025
Veja vídeo: os dois ‘lobos terríveis’, geneticamente modificados, têm agora 6 meses de idade – e dobraram de tamanho
(Foto: )

Já se passaram seis meses desde que os dois lobos “terríveis” foram apresentados ao mundo depois que eles foram modificados geneticamente, nascidos do DNA de lobos cinzentos e de lobos terríveis extintos. Já faz cerca de 10.000 a 12.000 anos após a extinção da espécie.

Depressão resistente:

A fruta que todos deveriam comer:

Os dois filhotes de seis meses, Romulus e Remus, junto com sua irmã mais nova, Khaleesi, estão crescendo rapidamente sob os cuidados da Colossal Biosciences.

"Hoje, Rômulo e Remo, com pouco mais de seis meses de idade, pesam pouco mais de 40,8 quilos — o que é cerca de 20% a mais do que um lobo cinzento padrão. Então, podemos realmente dizer que os genes do lobo pré-histórico estão se manifestando, e estamos obtendo esses lobos grandes e bonitos que são muito mais representativos do que vimos nos espécimes antigos”, afirmou Matt James, Diretor de Animais da Colossal, em um vídeo divulgado pela internet.

James disse que Khaleesi é "um pouco menor, um pouco mais jovem [...] Ela pesa cerca de 15,9 quilos, mas ainda é cerca de 10% a 15% maior do que vimos em lobos cinzentos".

Ela ainda não está com os irmãos, mas os pesquisadores acreditam que em breve possam introduzi-la na matilha com os dois machos mais velhos.

Quando os pesquisadores apresentaram os filhotes ao mundo em abril, eles sofreram críticas e controvérsias de muitas pessoas. O primeiro grande julgamento foi que esses lobos não são realmente “lobos terríveis”, mas sim criaturas funcionalmente semelhantes, nascidas do DNA de lobos cinzentos e de lobos terríveis extintos.

Queijo:

Em vez disso, Rômulo, Remo e Khaleesi são lobos cinzentos geneticamente modificados, com 20 alterações em 14 genes diferentes, o que lhes confere uma aparência física muito mais próxima dos ancestrais que buscam emular.

Os pesquisadores afirmam que é improvável que algum dia a raça humana seja capaz de desextinguir um animal, mas projetos ambiciosos de conservação estão sendo realizados ao redor do mundo para chegar perto, como foi feito pela equipe da Colossal.

"Para realmente desextinguir algo, seria preciso cloná-lo. O problema é que não podemos clonar animais extintos porque o DNA não está bem preservado”, disse o professor associado Nic Rawlence, do Laboratório de Paleogenética de Otago, na Universidade de Otago, em entrevista ao Centro de Mídia Científica da Nova Zelândia.

Outros casos

Como no caso dos lobos vermelhos, eles são uma das espécies mais ameaçadas do mundo, com apenas 15 a 20 exemplares restantes na natureza.

Usando as mesmas tecnologias desenvolvidas para dar origem aos filhotes de lobo pré-histórico, a Colossal utilizou clonagem não invasiva para obter quatro filhotes de lobo vermelho, chamados Hope, Blaze, Cinder e Ash. Esses clones, ao contrário dos três lobos pré-históricos, são 100% geneticamente lobo vermelho e foram clonados a partir de linhagens fundadoras, aumentando a diversidade genética da população existente em 25%.

Microbiota:

Do outro lado do mundo, no Quênia, restam apenas duas fêmeas de rinoceronte-branco-do-norte. Graças a esforços monumentais de conservação, a equipe espera um dia usar uma fêmea substituta de rinoceronte-branco-do-sul como meio de resgatar esta espécie da extinção funcional.

Confira o vídeo: