Notícias
Moraes nega pedido de advogado de Bolsonaro para ser dispensado de depoimento à PF
Paulo Amador Cunha Bueno negou ao STF ter buscado informações sobre delação de Mauro Cid

O ministro , do Supremo Tribunal Federal (), rejeitou um pedido apresentado pelo advogado Paulo Amador Cunha Bueno, que atua na defesa do ex-presidente (PL), para na (PF), marcado para ocorrer nesta terça-feira.
Na segunda-feira, Bueno afirmou, em petição apresentada ao STF, que não tentou obter informações sobre a delação premiada do tenente-coronel e nem buscou assumir a defesa do militar. O advogado solicitou que, com a apresentação de seus argumentos, fosse dispensado depoimento.
Moraes, no entanto, afirmou que "não compete ao requerente escolher a forma do ato investigativo, razão pela qual rejeito o pedido de dispensa do comparecimento da oitiva".
Na semana passada, o ministro do STF determinou que Bueno e Fabio Wajngarten, ex-assessor de Bolsonaro, prestassem depoimento após a família de Mauro Cid relatar abordagens dos dois.
A medida ocorre no âmbito de um inquérito no qual o ex-assessor presidencial Marcelo Câmaro e o advogado Eduardo Kuntz são investigados por uma suposta tentativa de interferência na delação de Cid.
Em depoimento escrito, enviado ao STF, a mãe de Mauro Cid, Agnes Barbosa Cid, afirmou ter sido abordada por Kuntz e Bueno durante uma competição de hipismo em São Paulo, na qual sua neta, filha do tenente-coronel, estava participando.
Agnes relatou ter ficado "tensa", por não entender porque os advogados queriam com ela. Ela disse que não perguntaram sobre a delação, mas que se ofereceram para defender Cid.
Em petição enviada ao STF na segunda-feira, Bueno confirmou o encontro, em agosto de 2023, mas afirmou que ele foi "casual e breve". De acordo com advogado, Agnes que o procurou, para agradecê-lo por ter ajudado na inscrição de sua neta na competição. Ele teria respondido com um elogio ao desempenho dela na disputa.
"O encontro foi bastante breve, amistoso e absolutamente protocolar, dividindo o agradecimento da Sra. Agnes com os cumprimentos do peticionário pela importante conquista da jovem amazona. Nada para além disso. O encontro na Sociedade Hípica Paulista de fato ocorreu, porém de maneira absolutamente casual e breve", afirmou Bueno.
O advogado acrescentou que não falou sobre a delação, ressaltando que ela somente seria homologada no mês seguinte. Também disse que não tentou assumir a defesa de Cid, porque isso imoral e antiético.