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OMS pressiona países a aumentar em 50% os preços de bebidas açucaradas, álcool e tabaco

A iniciativa criada pela agência prevê que as taxas sejam aplicadas por meio de impostos nos próximos 10 anos

Por Agência O Globo - 03/07/2025
OMS pressiona países a aumentar em 50% os preços de bebidas açucaradas, álcool e tabaco
Cigarro causa dependência e várias doenças cardiovasculares e respiratórias, além de outros problemas de saúde (Foto: Marco Antônio - Ascom Sesau)

Nova iniciativa da Organização Mundial da Saúde () pressiona países para que aumentem os preços de bebidas açucaradas, álcool e tabaco em 50% nos próximos 10 anos por meio de impostos. A medida é uma maneira de conter o aumento de novos casos de doenças crônicas não transmissíveis (DNTs), como problemas cardíacos, câncer e diabetes.

Em comunicado, a OMS cita um relatório que indica que um aumento único de 50% no preço desses produtos poderia evitar 50 milhões de mortes prematuras nos próximos 50 anos.

“Os impostos sobre a saúde são uma das ferramentas mais eficientes que temos. Eles reduzem o consumo de produtos nocivos e geram receitas que os governos podem reinvestir em saúde, educação e proteção social. É hora de agir”, afirma Jeremy Farrar, Diretor-Geral Adjunto de Promoção da Saúde e Prevenção e Controle de Doenças da OMS.

No total, a organização criou uma meta para arrecadar com a medida mais de 1 trilhão de dólares nos próximos 10 anos. Chamada de "3 por 35", a iniciativa foi lançada na conferência da ONU sobre Finanças para o Desenvolvimento realizada na Espanha.

"Da Colômbia à África do Sul, os governos que introduziram impostos sobre a saúde observaram redução no consumo e aumento na receita. No entanto, muitos países continuam a oferecer incentivos fiscais a indústrias prejudiciais à saúde, incluindo a do tabaco", diz o comunicado.

Ainda, a OMS cita que, entre 2012 e 2022, quase 140 países aumentaram os impostos sobre o tabaco, o que resultou em um aumento dos preços reais em mais de 50%, em média.

"Demonstrando que uma mudança em larga escala é possível", conclui a agência.

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