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'Extrema direita está envolvida' em tarifaço de Trump contra o Brasil, diz Haddad: 'Que ela procure corrigir o estrago que fez'
Donald Trump anunciou a taxação das importações de produtos brasileiros em 50%

O ministro da Fazenda, , afirmou nesta quinta-feira que o que chamou de "extrema direita" está envolvida a decisão do. Segundo Haddad, o tarifaço imposto pelo presidente não se justifica.
— Seria bom que os setores extremistas que concorreram para esse resultado se desmobilizassem — disse o ministro. — A extrema direita brasileira está envolvida no ataque, que ela procure corrigir o estrago que fez — afirmou.
Haddad disse que a tarifa contra o Brasil "não se justifica sob nenhum ponto de vista", menos ainda do ponto de vista econômico.
— Quem poderia estar pensando em proteção é o Brasil. Na minha opinião isso nao tem a menor justificativa e temos um grupo de trabalho para analisar a lei de reciprocidade — disse.
Segundo o ministro, há muitas medidas não tarifárias que podem ser tomada em resposta.
— Há uma serie de alternativas que vãos ser consideradas, o que nãos significa que vão ser acionadas
Mais cedo, Haddad já classificou a taxação do governo americano como uma "agressão". Ele atribuiu a decisão de Trump à articulação do ex-presidente e seu grupo político para aplicar punições ao Brasil, em meio ao julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal ().
— É uma agressão que vai ficar marcada como uma coisa inaceitável e inexplicável, um governo entrar na onda de um político extremista local para atacar um país de 215 milhões de habitantes — disse o ministro.
Aliado de Bolsonaro, odisse na quarta-feira que o presidente Lula é responsável pela decisão do governo americano. Questionado sobre a declaração, Haddad afirmou que o ex-ministro é candidato a "vassalo".
— O governador (Tarcísio) errou muito. Porque ou bem uma pessoa é candidata à presidente, ou é candidata a vassalo. E não há espaço no Brasil para vassalagem, desde 1822 isso acabou. O que está se pretendendo aqui? Ajoelhar diante de uma agressão unilateral sem nenhum fundamento econômico.
Tarifaço de Trump:
Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil. No ano passado, as vendas de produtos brasileiros ao país ultrapassaram os US$ 40 bilhões. No agronegócio, Brasil e EUA são concorrentes no mercado mundial de alguns produtos, como soja e algodão.
Trump anunciou na quarta que vai impor tarifas de 50% sobre o Brasil, a partir de 1° de agosto — um aumento drástico que veio após duras críticas do presidente americano às políticas internas e externas do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
Reação:
Ele afirmou que, se o Brasil retaliar os EUA, vai acrescentar o percentual da reação aos 50%, aumentando ainda mais a sobretaxa de produtos brasileiros em seu país. Apesar de o Brasil comprar mais do que vende aos EUA desde 2009, Trump fala em relação comercial injusta no texto.