Notícias
Fechado desde 2017, Ipanema Plaza será leiloado e deverá manter a função de hotel; entenda
Imóvel em Ipanema, cujos sócios tem uma briga judicial, foi declarado pela Prefeitura do Rio como de ‘utilidade pública’

Fechado desde 2017 devido a uma disputa societária, o , na esquina das ruas Farme de Amoedo e Prudente de Morais, em Ipanema, na Zona Sul do Rio, foi oficialmente declarado de utilidade e interesse públicos pela prefeitura. O imóvel, que já foi avaliado em R$ 200 milhões no mercado imobiliário, será desapropriado e, em seguida, leiloado, para “renovação urbana”, conforme decreto publicado na quarta-feira (16) no Diário Oficial pelo prefeito Eduardo Paes.
Nova variante da Covid-19:
Para coibir ações criminosas:
Segundo o colunista Ancelmo Gois, o hotel teve seu valor reduzido para cerca de R$ 80 milhões em 2023, quando um grupo chinês chegou a negociar a compra. Na época, o prédio acumulava dívidas com impostos e precisava de reformas estruturais.
O presidente da Associação de Moradores e Amigos de Ipanema (Amai) e da Associação Comercial de Ipanema, Carlos Monjardim, recebeu com esperança a notícia. A Amai e o movimento Viva Ipanema haviam pedido à prefeitura uma solução para o imóvel.
— O prédio virou um motel de mendigos e de viciados em crack. O pessoal invade, já quebrou as portas para entrar várias vezes. Na porta, fica um acampamento de população de rua, que faz necessidades na calçada, suja tudo. À noite, as pessoas ficam com medo de passar pelo local.
Sem subsídio
O decreto municipal estabelece que o imóvel — localizado no número 34 da Rua Farme de Amoedo e que tem 140 suítes e um terraço com piscina— será alienado por meio de leilão público. Mas o secretário de Desenvolvimento Econômico, Osmar Silva, explica que os arrematantes não terão subsídio. O prédio também terá que continuar como hotel.
— Temos numa das áreas mais nobres da cidade um hotel fechado desde 2017 por uma briga judicial entre sócios. A cidade não pode perder um equipamento porque eles estão em conflito. Do ponto de vista do desenvolvimento econômico, temos um instrumento, que é essa desapropriação por hasta pública (em que um imóvel passa das mãos de um proprietário privado para outro com a mediação da prefeitura). Assim, a cidade volta a ter um equipamento turístico naquela região, que é tão importante. E estamos dispostos a usar esse instrumento sempre que identificarmos anomalias como neste caso — diz Osmar Lima.