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Comer esses alimentos comuns pode reduzir o risco de Alzheimer, mostra estudo
A colina, presente em ovos e brócolis, por exemplo, pode reduzir o declínio cognitivo em adultos

Um novo estudo realizado por pesquisadores americanos descobriu que consumir alimentos ricos em colina, um micronutriente essencial, pode reduzir o risco de Alzheimer. De acordo com os pesquisadores, a ingestão de colina na dieta foi associada a um menor risco de comprometimento da função cognitiva e à redução do risco de demência.
A colina é um nutriente essencial que o corpo humano necessita em grandes quantidades para a síntese da membrana celular, modificação epigenética e neurotransmissão. Estudos anteriores mostraram que a ingestão alimentar de colina tem sido associada a um menor risco de disfunção cognitiva, menor volume de hiperintensidade da substância branca cerebral e menor risco de demência incidente.
No novo trabalho, os pesquisadores buscaram analisar a associação entre a ingestão alimentar do nutriente e o risco de Alzheimer. Para isso, eles avaliaram 991 pessoas com idade média de 81 anos e sem Alzheimer. Todos os participantes responderam a questionários dietéticos e realizaram exames neurológicos anuais.
Após oito anos de acompanhamento, os pesquisadores determinaram que o consumo de cerca de 350 miligramas de colina por dia estava associado ao menor risco de diagnóstico clínico de Alzheimer em idosos.
A colina pode ser encontrada principalmente em alimentos de origem animal, incluindo carne bovina, ovos, peixe, frango e leite, mas também está presente no amendoim, feijão, cogumelos e vegetais crucíferos, como brócolis — embora alimentos de origem animal tendam a conter mais colina do que fontes vegetais.
Os ovos são uma das fontes alimentares mais potentes de colina - um ovo fornece 169 mg do composto. Quando ingerimos alimentos que contêm colina, ela é facilmente absorvida pelo sangue. Por isso, é fundamental adicioná-los à dieta regularmente.
Homens e mulheres adultos precisam de 550 mg e 425 mg de colina por dia, respectivamente. Como a colina é importante para o crescimento e desenvolvimento fetal, a necessidade desse nutriente aumenta durante a gravidez e a amamentação. Assim, gestantes precisam de 450 mg de colina por dia, enquanto lactantes precisam de 550 mg.