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Rapper Oruam tem a prisão preventiva mantida pela Justiça
Cantor passou por uma audiência de custódia, nesta quarta-feira. Ele havia se apresentado à polícia nesta terça-feira após uma ordem de prisão ser expedida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

O rapper Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, mais conhecido como Oruam, teve a prisão preventiva mantida pela Justiça. A decisão foi tomada, nesta quarta-feira, durante uma audiência de custódia realizada na Central de Custódias de Benfica, na Zona Norte do Rio, que analisou a legalidade da prisão. O cantor está preso desde terça-feira, quando se apresentou na Cidade da Polícia após sua preventiva ser decretada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro(TJRJ).
Atrás das grades:
Caso Oruam: r
Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a Promotoria do Núcleo de Atuação Perante a Central de Audiência de Custódia da Capital alegou, durante a análise da legalidade da prisão, que estavam presentes os requisitos legais para a decretação da preventiva.
O artista foi indiciado por sete crimes: associação ao tráfico de drogas, tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. A prisão preventiva havia sido deferida pela Justiça, com manifestação favorável da Promotoria de Justiça com atuação junto ao Plantão Judiciário Noturno, na madrugada de terça-feira.
Rapper Oruam diz que vai se entregar à polícia:
Ele teve a prisão pedida à Justiça após se envolver em uma confusão com uma equipe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) que foi à sua casa, no Joá, na Zona Oeste do Rio, na noite de segunda-feira. Os agentes buscavam um adolescente de 17 anos que, segundo a polícia, estava na residência atua como segurança de um chefe do Comando Vermelho (CV), estaria na casa. Horas depois, a Justiça decretou a prisão do rapper.
Quem é:
Segundo o artista, ele e a noiva, Fernanda Valença, recebiam cinco amigos do casal quando a equipe da DRE chegou. Nas redes sociais, o artista publicou vídeos mostrando agentes no lado de fora da propriedade. Em uma das postagens o cantor escreveu: "Quem estiver de moto brota no Joá. Me ajuda. Eles estão na minha porta 23h". Instantes depois, o cantor compartilhou imagens de pedras sendo lançadas contra os agentes.
Alterado, Oruam filmou o delegado Moyses Santana, titular da DRE, e xingou o policial. "Tem mais de 20 viaturas na minha casa. O mesmo delegado que me prendeu. Eu estava saindo e colocaram a pistola na minha cara. Claro que ele vai querer prender nós, porque nós é filho de bandido", disse em outro vídeo. Oruam é filho de Márcio Nepomuceno dos Santos, o Marcinho da VP, apontado como um dos integrantes da cúpula do Comando Vermelho.
Em nota à imprensa, Oruam disse que se sentiu vítima de abuso de autoridade e que atirou pedras na polícia depois que foi ameaço com armas de fogo, incluindo fuzis. O músico ainda questionou o fato da ação ocorrer fora dos horários de cumprimento de mandados judiciais, entre às 5 e 21h. Também acusou a polícia de ter sido preconceituosa.
"Apesar da invasão, nenhuma objeção ou suspeita foi encontrada, pois não havia motivo alguma para tal ação. Além disso, durante a abordagem, meu produtor, que estava comigo, foi algemado de maneira arbitrária e sem justificativa plausível. Essa ação violenta e desproporcional, além de humilhante, gerou grande sofrimento emocional e físico para todos nós presentes", disse Oruam.
A polícia, por sua vez, afirma que tentava cumprir uma ordem de Busca e Apreensão do adolescente conhecido apontado como segurança de Edgar Alves de Andrade, o Doca, um dos chefes do Comando Vermelho no Rio. De acordo com a polícia, a aguardava que o momento em que o adolescente deixasse a residência. Após algum tempo, identificaram o adolescente no lado de fora da residência e anunciaram a apreensão. Neste momento, foram atacados por pedras e apenas depois das agressões entraram na residência do artista. Na confusão, o adolescente conseguiu fugir de dentro da viatura durante a confusão.
Por volta das 18h desta terça-feira, Oruam se apresentou na Cidade da Polícia, na Zona Norte da cidade, acompanhado pela noiva Fernanda Valença, a mãe Márcia Nepomuceno, advogados e membros de sua equipe pessoal. Abatido, o rapper pediu desculpas após a prisão e ficou na Polinter até ser transferido para o presídio de Benfica. Nesta quarta-feira, ele teve a prisão preventiva mantida pela Justiça durante uma audiência de custódia.