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Após criticar falta de lutas no ONE, Marcus 'Buchecha' planeja aumentar ritmo no UFC: 'no mínimo três por ano'

Jailton 'Malhadinho' que teve próximo combate anunciado nesta semana, aponta o interesse em mudar de divisão por um título inédito

Por Agência O Globo - 26/07/2025
Após criticar falta de lutas no ONE, Marcus 'Buchecha' planeja aumentar ritmo no UFC: 'no mínimo três por ano'
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Multicampeão no Jiu-jitsu, uma das lendas da "arte suave", Marcus "Buchecha" Almeida, fará a estreia no UFC neste sábado, contra o eslovaco Martin Buday, em Abu Dhabi, às 13h. Embora esteja se dedicando ao MMA há mais de quatro anos, o lutador chegou a seis lutas até o momento, uma média um pouco maior que uma luta ao ano. Entre os motivos, segundo o lutador, foram limitações da organização anterior, a asiática ONE Championship.

— Um atleta que não consegue lutar, fica impossibilitado de trabalhar, é horrível. Sofri muito. Fez muito mal para minha cabeça — diz Buchecha, ao GLOBO.

Com seis lutas na organização asiática One Championship, sendo cinco vitórias — todas por finalização ou nocaute —, Buchecha ainda está desenvolvendo o seu jogo na modalidade e agora pretende aumentar ainda mais a frequência de lutas para rapidamente alcançar os principais nomes da categoria.

— Eu pretendo fazer no mínimo três lutas no ano, mas se puder fazer mais, posso até chegar a quatro se estiver saudável — disse. Mas ressaltou que só planejará próximos nomes após a estreia — Como todo atleta, quero disputar o cinturão, é um sonho, mas no momento só penso em minha estreia. Depois dela vou focar nos próximos objetivos — disse.

Um dos maiores campeões da "arte suave", o brasileiro migrou para o MMA em 2021, na organização asiática, com uma vitória por finalização no primeiro round. Após a estreia, ele conquistou mais três vitórias no primeiro round, todas no ONE, para se estabelecer como um dos principais competidores de MMA dos pesos pesados da organização.

Em agosto de 2023, Buchecha teve sua primeira derrota, ele perdeu a luta na decisão dos juízes para o atual campeão de MMA dos pesos pesados do ONE, "Reug Reug" Oumar Kane.

Sem conseguir manter uma alta frequência de lutas no ONE, Buchecha expôs publicamente as dificuldades para conseguir agendar lutas com a organização. Após quatro combates em apenas 11 meses na liga asiática, o faixa-preta viu as ofertas de lutas reduzirem e só conseguiu mais duas lutas em dois anos, além da derrota, ele atuou em novembro, quando finalizou Amir Aliakbari, sua despedida do ONE Championship.

Duplo campeão

Também nos pesos-pesados, o brasileiro mais cotados para disputar o cinturão até 120 kg do UFC nas próximas rodadas, Jailton Malhadinho, não deixou de lado a possiblidade de descer de categoria e disputar o título dos meio-pesados, seja contra o russo Magomed Ankalaev ou o brasileiro Alex Poatan. Mas para isso deixou claro que a bolsa teria que ser atraente.

— Se o UFC me pagar muito bem e o cara for campeão, estou disposto a pagar esse preço e lutar na categoria de baixo — diz o lutador, ao GLOBO.

Embora seja um lutador considerado pequeno para os pesados da organização, o baiano pesa mais de 107 quilos, e grande parte disto é de massa magra, o que dificulta a perda de peso para as pesagens. No entanto, ele deixou a porta aberta, ressaltando que não teria dificuldades para a disputa, caso algum dos lutadores não pudesse disputar o cinturão.

— Sou um cara que baixa o peso muito rápido — disse. — Baixava fácil, fácil.

O lutador fez a maior parte das suas lutas na carreira até 93 quilos. Mas desde que chegou ao UFC ele criou um gosto maior por lutar na categoria de cima, quando teve algumas oportunidades de última hora.

Malhadinho enfileirou seis lutadores finalizando ou nocauteando quase todos — apenas Derick Lewis conseguiu segurar a luta até a decisão dos juízes — no UFC.

Após um revés contra o americano Curtis Blaydes, um nocaute técnico no segundo round, ele voltou ao caminho das vitórias dominantes ao finalizar e nocautear, Alexander Romanov e Serghei Spivac, respectivamente.