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A dois dias do tarifaço de Trump, governo tenta dar ar de normalidade à entrada em vigor da taxa de 50%
Medidas para socorrer empresas afetadas só devem ser anunciadas após tarifas passarem a valer

A 48 horas da entrada em vigor das tarifas para exportações de produtos brasileiros para os Estado Unidos, o governo tenta dar um ar de normalidade para o caso e evitar que as possíveis consequências das medidas sejam tratadas como uma catástrofe.
Sem sinalizações claras por parte de Trump para abertura de diálogo via Casa Branca, o Planalto demonstra enxergar poucos caminhos para agir diante da exigência do presidente americano de que Jair Bolsonaro deixe de ser investigado pelo 8 de janeiro, ponto inegociável.
O governo tenta ainda se mostrar aberto para as demandas dos empresários brasileiros que sofrerão diretamente a taxação de 50% com as reuniões comandadas pelo vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, com diversos setores. Mas, ao mesmo tempo, o Planalto evita dar detalhes dos planos de compensação.
As medidas do governo brasileiro para compensar as empresas só devem ser anunciadas depois que as tarifas efetivamente começarem a ser cobradas.
Nesta quarta-feira, Lula dedicou sua agenda também a outros temas do governo como a discussão da promoção de militares com os comandantes das Forças Armadas, e o apoio do União Brasil ao governo com os ministros do partido.
Em entrevista nesta terça-feira à CNN Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou sintetizar o clima que o governo tenta vender diante do início da cobrança efetiva das tarifas:
— Não podemos fazer do dia 1º de agosto um dia fatídico. Vamos continuar negociando, os canais estão sendo desobstruídos, vagarosamente, mas estão.