Notícias

Lula reúne ministros para discutir tarifaço e socorro a empresas deve ser divulgado por etapas

Governo planeja buscar novas flexibilizações com os Estados Unidos após o anúncio oficial das taxas

Por Agência O Globo - 31/07/2025
Lula reúne ministros para discutir tarifaço e socorro a empresas deve ser divulgado por etapas
Presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio da Silva decidiu, na manhã desta quinta-feira, após reunião com ministros no Palácio do Planalto, que não haverá divulgação de um pacote de medidas em resposta ao tarifaço de contra exportações brasileiras, e sim anúncios pontuais que atendam a setores afetados com relevância na pauta de exportações aos EUA. Tudo vai depender do avanço das negociações com os americanos.

O governo brasileiro interpreta que já inaugurou uma segunda fase nas tratativas após o anúncio de quarta-feira, e vai buscar novas exceções e flexibilizações ao tarifaço.

O entendimento do governo é de que há espaço para que haja novas concessões por parte dos americanos, percepção baseada no comportamento do governo Trump em negociações recentes com outros países, a exemplo da China. O plano de contingência de medidas do Brasil, que estava em preparação, está sob revisão à luz do tarifaço.

Participaram da reunião no Planalto os ministros (Casa Civil), (Fazenda), (Advocacia-Geral da União), Sidônio Palmeira (Comunicação Social) e (Saúde), além do secretário-executivo do Ministério da Indústria, Márcio Elias Rosa, que representou o titular da pasta, , responsável pelas negociações com os EUA.

As medidas devem ser anunciadas de maneira faseada ao longo dos próximos dias, de acordo com interlocutores de Lula, a partir de entendimentos das conversas da equipe de Alckmin com empresários. A prioridade do governo federal é preservar os empregos dos segmentos afetados.

Na reunião com os ministros, Lula quis saber sobre o impacto do tarifaço na economia e sobre que medidas podem ser adotadas para mitigá-lo.

Não foi tratada na reunião a inclusão do ministro , do Supremo Tribunal Federal, entre os sancionados da chamada Lei Magnitsky. Apesar disso, Lula mantém a posição de que a parte política da justificativa do tarifaço é inaceitável - ou seja, a negociação se dará apenas em termos econômicos, com a defesa das instituições e da soberania brasileira.

Tags