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Lula decide fazer pronunciamento em cadeia de rádio e TV para se posicionar contra sanções de Trump a Moraes

Data em que mensagem do presidente será levada ao ar ainda não foi definida

Por Agência O Globo - 01/08/2025
Lula decide fazer pronunciamento em cadeia de rádio e TV para se posicionar contra sanções de Trump a Moraes
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O presidente Luiz Inácio da Silva decidiu, segundo auxiliares, convocar um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão para rebater as sanções impostas pelos Estados Unidos contra o ministro , do Supremo Tribunal Federal (STF).

A data exata de quando a mensagem de Lula será levada ao ar ainda não está certa. Existe a possibilidade de que isso ocorra no domingo. No pronunciamento, que ainda não foi gravado, o presidente também deve falar sobre o tarifaço, mas o foco principal será o enquadramento de Moraes na Lei Magnitsky.

As sanções contra Moraes provocaram indignação no governo. Lula classificou a iniciativa do governo como “inaceitável”. Na quinta-feira, o presidente convidou ministros do STF para um jantar de solidariedade no Palácio da Alvorada.

No dia 17 de julho, oito dias depois de Trump anunciar a adoção de tarifas para produtos brasileiros, Lula fez um pronunciamento com foco na defesa da soberania nacional. A mensagem foi bem avaliada pelo governo.

Depois do anúncio nesta semana das sanções contra Moraes e dos detalhes sobre o tarifaço, o governo decidiu que vai manter a aposta na defesa da soberania. Há um diagnóstico de que o discurso trouxe ganhos políticos até agora.

Para auxiliares do presidente, o episódio, inédito na história das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, reforça o argumento de que o governo de Donald Trump quer ter uma interferência indevida no funcionamento da Justiça brasileira.

Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira a aplicação de sanções previstas na Lei Magnitski a Moraes. O ministro do STF é o primeiro brasileiro sancionado diretamente pela norma.

A inclusão de Moraes na Lei Magnitsky se deu no mesmo dia em que Trump formalizou o tarifaço de 50% contra exportações brasileiras, ainda que com exceções para quase 700 categorias de produtos, entre elas aviões, petróleo, suco de laranja e celulose.