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Justiça absolve PMs de fraude processual no caso Kathlen
O julgamento na Auditoria Militar entendeu por maioria de votos que não havia provas suficientes para condenar os policiais

O sargento da Polícia Militar Rafael Chaves Oliveira e os cabos Rodrigo Correia Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano foram absolvidos pela Auditoria da Justiça Militar, nesta terça-feira, da acusação de fraude processual no local da morte da designer de interiores Kathlen Romeu, no Complexo do Lins, Zona Norte do Rio. A jovem de 24 anos, que estava grávida de 14 semanas, foi morta por um tiro de fuzil no peito, disparado por um policial. Ela tinha ido visitar a avó, na comunidade do Lins de Vasconcelos, e chegou a ser socorrida, mas já chegou ao Hospital Salgado Filho, no Méier, morta. O crime ocorreu em 8 de junho de 2021.
O julgamento pelo Conselho Especial de Justiça, formado pelo juiz Leonardo Rodrigues da Silva Picanço e quatro oficiais da PM, entendeu por maioria de votos que não havia provas suficientes para condenar os policiais. O juiz Leonardo Picanço divergiu, entendendo que havia provas suficientes para condenar Rodrigo, Marcos Felipe e Rafael pelo crime de inovação artificiosa, com pena de 1 ano de detenção.
Em março deste ano, a Justiça já havia decidido que Rodrigo Correia de Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano irão a júri popular. Segundo a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal da capital, os documentos que constam nos autos comprovam a materialidade do crime, como o laudo de necropsia e os esquemas de lesões.