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Acusada de mandar matar advogado é julgada nesta quinta (14)

Por Redação 14/08/2025
Acusada de mandar matar advogado é julgada nesta quinta (14)
Sessão do júri ocorre no Fórum de Maceió, no Barro Duro. (Foto: Foto: Caio Loureiro)

O julgamento da advogada gaúcha Janadaris Sfredo, acusada de ser a mandante do assassinato do advogado alagoano Marcos André de Deus Félix, está marcado para esta quinta-feira (14), no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no bairro Barro Duro, em Maceió. A acusação será conduzida pelo promotor de Justiça Coaracy Fonseca, do Ministério Público Estadual (MPAL).

O crime aconteceu há 11 anos, na Praia do Francês, em Marechal Deodoro. Marcos André, de 40 anos, foi socorrido inicialmente para o Hospital Geral do Estado (HGE) e, em seguida, transferido para o Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), onde permaneceu internado por 13 dias, mas não resistiu aos ferimentos.

Janadaris foi detida em 14 de outubro de 2016, pela Polícia Federal, no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. A prisão foi feita dentro da aeronave, e, por possuir nível superior, ela foi encaminhada para uma cela especial na Penitenciária de Guaíba.

Na ocasião, a ré não tinha permissão judicial para sair de Alagoas. O delegado do 17º Distrito Policial de Marechal Deodoro, Rodrigo Colombelli, havia preparado uma operação para prendê-la no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, mas ela conseguiu embarcar antes da chegada da equipe.

Relembrar o caso


O homicídio ocorreu em 14 de março de 2014, na Praia do Francês. A vítima foi alvejada por vários disparos e morreu dias depois no HUPAA, no bairro Tabuleiro do Martins.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Janadaris e Sérgio Luiz Sfredo teriam encomendado o crime, contratando Álvaro Douglas dos Santos, Juarez Tenório da Silva Júnior e Elivaldo Francisco da Silva para executar Marcos André por um pagamento de R$ 2 mil. A motivação estaria ligada a conflitos pessoais e profissionais com a vítima.

A desavença teria começado em 2010, durante uma disputa judicial envolvendo a ação de despejo da Pousada Lua Cheia. Na época, Marcos representava os donos do imóvel, enquanto Janadaris atuava em defesa dos inquilinos, que perderam a causa.

Anos depois, o casal passou a administrar a Pousada Ecos do Mar e mudou-se para uma casa vizinha à do advogado. Testemunhos apontam que Marcos passou a ser alvo de provocações e perseguições, o que teria tornado a convivência insustentável.

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