Lula convida Trump a conhecer 'Brasil verdadeiro' em vídeo plantando uva no Alvorada

Presidente afirmou que tarifas americanas não vão 'adiantar' e disse plantar 'comida, não ódio'

Por Agência O Globo - 17/08/2025

O presidente Luiz Inácio da Silva publicou no sábado um vídeo em suas redes sociais plantando uva no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, no qual se dirige ao presidente dos , , e o convida para conhecer o "Brasil verdadeiro".

Lula também afirma que "não adianta" os Estados Unidos taxarem a uva brasileira, porque ela pode ser incluída na merenda escolar, e afirmar estar "plantando comida", e não violência e ódio. 

A publicação ocorreu em meio a uma tensão entre os dois países, após o governo Trump impor tarifas de 50% aos produtos brasileiros. e nunca se encontraram pessoalmente ou conversaram por telefone. 

No vídeo, Lula diz estar plantando o primeiro pé de uva Vitória do Alvorada, e diz esperar que um dia Trump visite o local e que os dois conversem:

— Presidente Trump, eu queria aproveitar esse sábado, que estou plantando pé de uva Vitória aqui no Palácio da Alvorada, um lugar que eu espero que um dia você possa visitar, que a gente possa um dia conversar, para que você possa conhecer o Brasil verdadeiro. 

O presidente brasileiro mencionou a possibilidade de o produto ser aproveitado na merenda escolar, , anunciado na quarta-feira. União, estados e municípios poderão fazer compras para seus programas de alimentação por meio de procedimento simplificado. 

— Não adianta o presidente Trump taxar a nossa uva, porque se for necessário ela vai para a merenda escolar. Sobretudo porque é uva sem semente. 

Lula ainda afirmou estar "plantando comida, e não plantando violência e plantando ódio" e voltou a dizer querer conversar com Trump. 

— Eu estou plantando comida, e não plantando violência e plantando ódio. Espero que um dia a gente possa conversar, presidente Trump, para você conhecer a qualidade do povo brasileiro. 

De acordo com o presidente, os brasileiros gostam dos Estados Unidos, mas também da China, da Rússia, do Uruguai e da Venezuela, porque "nós gostamos de todo mundo".