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Em menos de um ano, Hospital Metropolitano beneficia mais de 500 alagoanos com exame inovador de CPRE

Neide Brandão / Ascom HMA
O Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), em Maceió, referência em média e alta complexidade, atingiu, nesta quarta-feira (10), a marca de 500 exames de Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE) realizados desde outubro de 2023. O procedimento, pioneiro no Sistema Único de Saúde (SUS) de Alagoas, representa um avanço importante na assistência a pacientes que necessitam de diagnóstico e tratamento de doenças nas vias biliares e no pâncreas.
A CPRE é um exame endoscópico de alta complexidade, que combina endoscopia e radiologia para tratar obstruções nos canais biliares e pancreáticos, muitas vezes causadas por cálculos ou tumores. O procedimento é pouco invasivo e sem cortes no abdômen, e ajuda na recuperação dos pacientes que sofrem com a obstrução do canal do fígado e pâncreas, devido à existência de uma pedra ou tumor situado no órgão.
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Segundo o coordenador do setor de endoscopia, Daniel Costa, a CPRE é um procedimento que alia tecnologia e equipes preparadas para atender à população alagoana pelo SUS. "A marca de 500 exames mostra a importância do serviço que tem mudado realidades e dado novas chances de vida a muitos pacientes”, destacou o especialista.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, a oferta da CPRE pelo HMA atesta o compromisso da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) com a excelência dos serviços prestados ao povo alagoano. “Antes, a CPRE não era realizada em nenhum hospital público de Alagoas e, quando um paciente necessitava do procedimento, a Sesau pagava, em média, R$ 20 mil para realizá-lo na rede privada. Mas, desde outubro de 2023, a Sesau está assegurando o procedimento, com uma equipe de profissionais capacitados para salvar a vida dos alagoanos que necessitarem”, frisou o gestor da saúde estadual.
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Um dos casos recentes foi acompanhado pelo endoscopista Bruno Vieira, que realizou uma CPRE em um paciente com tumor no canal do fígado, obstruindo as vias biliares. “O procedimento é feito por endoscopia, sem cortes. O paciente recebe anestesia geral e, com essa técnica, conseguimos desobstruir o canal, devolvendo o fluxo natural da bile. Geralmente, esses pacientes apresentam coceira intensa e pele amarelada, por conta da icterícia. A CPRE proporciona alívio rápido, segurança e um impacto direto na qualidade de vida, permitindo que eles possam retornar ao convívio familiar com dignidade”, explicou o médico.
Para Filipe Fernandes, diretor do Hospital Metropolitano de Alagoas, a marca consolida o papel da unidade como referência no Estado. “Mais do que números, esse resultado traduz o compromisso do hospital em garantir acesso a procedimentos de alta complexidade pelo SUS, com segurança, qualidade e acolhimento. São 500 histórias transformadas, que mostram a importância de investir em saúde pública de excelência em Alagoas”, conclui ele.