PF deflagra operação de combate a golpes contra Caixa Econômica
Cinco suspeitos foram presos em Maceió e no interior do Estado; o grupo é acusado de estelionato, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e associação criminosa praticados contra a instituição financeira

A Polícia Federal em Alagoas deflagrou, nesta terça-feira (23/9), a denominada Operação Máscara de Vidro, que investiga possíveis crimes de estelionato majorado contra a Caixa Econômica Federal.
De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Federal em Alagoas, foram cumpridos quatro mandados de busca e realizadas cinco prisões preventivas, além do sequestro de bens dos suspeitos.
Segundo a PF, o grupo criminoso é acusado de falsificação e uso de documentos públicos e privados, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Os golpes foram aplicados em cinco agências de Maceió e mais quatro municípios do interior do Estado: Arapiraca, Santana do Ipanema, Porto Calvo e Olho D´água das Flores.
Durante as investigações ficou comprovado que os suspeitos utilizaram documentos falsos de identidade para abrirem doze contas em agências da Caixa Econômica Federal.
“A partir dessas contas, os acusados contrataram cartões de crédito, obtiveram empréstimos e utilizaram os limites dos cheques especiais, cujos valores eram posteriormente transferidos entre diversas contas, inclusive as contas fraudulentas, visando ocultar a origem ilícita do dinheiro, até chegarem nas contas dos indiciados”, explicou a assessoria da PF.
Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em Maceió e nos municípios de Atalaia e Boca da Mata, além do sequestro de aproximadamente R$ 500.000,00, que foi o proveito ilicitamente obtido pelos indiciados.
Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de estelionato majorado contra a Caixa Econômica Federal, artigo 171, parágrafo 3º, do Código Penal Brasileiro (CPB); falsificação de documentos públicos e particulares (artigo 297 e 298 do CPB); lavagem de dinheiro (artigo 1º, da Lei 9613/98); e associação criminosa (artigo 288 do CPB), cujas penas somadas podem chegar a 27 anos de prisão.
O nome da Operação (Máscara de Vidro) é uma alusão ao modus operandi empregado para executar a fraude, com a utilização de fotografias dos próprios investigados em documentos de identidade de terceiros, a fim de ludibriar a Caixa Econômica Federal, cujas verdadeiras faces ora foram identificadas.
A autoridade policial responsável pela operação, delegado da PF Luciano Patury, concedeu entrevista à imprensa e disse que os presos seriam submetidos a audiência de custódia e ficariam à disposição da Justiça. Os nomes dos suspeitos não foram revelados para não prejudicar as investigações, já que outras pessoas podem estar envolvidas.