Sexta-feira, 10 Outubro 2025
Jovem de 27 anos morre após seguir dieta extrema à base de frutas em Bali
Nos primeiros dias de estadia, funcionários perceberam que Karolina estava extremamente debilitada
Uma dançarina polonesa de 27 anos foi encontrada morta em um resort em Bali, na Indonésia, após seguir uma dieta frutariana extrema. Karolina Krzyzak, ex-estudante da Universidade de Leeds, no Reino Unido, pesava apenas 22 quilos quando faleceu, em dezembro de 2024. O caso ganhou destaque internacional nas últimas semanas, levantando alertas sobre os riscos de dietas restritivas sem acompanhamento médico.
Dieta extrema e deterioração da saúde
Segundo o Daily Mail, Karolina iniciou o regime aos 19 anos, motivada pela busca por um estilo de vida “natural” e pela obsessão com a imagem corporal. Com o passar do tempo, apresentou sinais graves de desnutrição, como dentes enfraquecidos, unhas amareladas e dificuldade para caminhar.
Hospedada no resort Sumberkima Hill, ela solicitou que todas as refeições fossem compostas exclusivamente por frutas cruas. O gerente do local, Bernard Hudepohl, afirmou que o pedido não chamou atenção, já que turistas com dietas veganas ou crudívoras são comuns na região.
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Últimos dias em Bali
Nos primeiros dias de estadia, funcionários perceberam que Karolina estava extremamente debilitada. De acordo com relatos, ela mal conseguia se locomover e precisou ser ajudada até o quarto. Durante todo o período, limitou-se a receber entregas de frutas e passava horas deitada ou sentada na varanda.
Três dias depois, um conhecido local, dono de um café crudívoro, entrou em contato com o resort após perder comunicação com ela. Funcionários foram verificar o quarto e encontraram a dançarina sem vida. A autópsia confirmou a causa da morte como desnutrição severa.
Histórico de distúrbios alimentares
Natural de Varsóvia, Karolina havia se mudado para o Reino Unido aos 18 anos para estudar. Lá, aproximou-se do veganismo, da yoga e da meditação, que ela descrevia nas redes sociais como práticas “transformadoras”. Contudo, amigos e familiares relataram que seu estado de saúde se agravou nos últimos anos.
Em 2018, chegou a ser internada em uma clínica na Polônia para tratar distúrbios alimentares, mas, após a alta, retomou o mesmo padrão de restrição. A morte da jovem reacende o debate sobre os perigos de dietas sem supervisão profissional e os impactos da pressão estética nas redes sociais.
Cuidados a serem tomados
Fazer dietas ou regimes restritivos sem orientação médica pode trazer sérios riscos à saúde. A falta de acompanhamento profissional pode levar a deficiências nutricionais, queda na imunidade, alterações hormonais, fraqueza muscular e até danos irreversíveis a órgãos vitais. Médicos e nutricionistas avaliam as necessidades específicas de cada pessoa, ajustando a alimentação de forma segura e equilibrada. Seguir planos alimentares baseados apenas em modismos ou influenciadores pode parecer inofensivo, mas, na prática, pode resultar em consequências graves — como distúrbios alimentares, desnutrição e até risco de morte.
