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Outubro Rosa: exames de imagem são aliados essenciais para detectar câncer de mama precocemente

Por Assessoria 07/10/2025
Outubro Rosa: exames de imagem são aliados essenciais para detectar câncer de mama precocemente
Helga Bonfim, especialista em exames de imagem (Foto: Divulgação/Assessoria)

Com a chegada de outubro, a campanha nacional do Outubro Rosa volta os holofotes para algo que pode salvar vidas: a detecção precoce do câncer de mama por meio de exames de imagem. No Brasil, a enfermidade é a neoplasia mais incidente entre mulheres — excluindo os cânceres de pele não melanoma — e também a que mais causa mortes femininas. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para o triênio 2023-2025 serão diagnosticados cerca de 73.610 novos casos por ano em todo o país, com uma taxa ajustada de incidência de 41,89 casos por 100 mil mulheres.

Em Alagoas, a previsão não é menor: espera-se que em 2025 cerca de 690 mulheres recebam o diagnóstico da doença, uma média de 34,89 casos por 100 mil mulheres. Esses números reforçam a importância de detectar o câncer cedo, quando ele ainda é pequeno e não causou sintomas externos ou perceptíveis. Esse diagnóstico precoce é decisivo para aumentar as chances de cura. Estudos indicam que o rastreamento por mamografia regular pode reduzir em até 40% a mortalidade pela doença.

Segundo a médica Helga Bonfim, especialista em exames de imagem, os exames têm papel insubstituível na luta contra o câncer de mama: “Os exames de imagem são instrumentos imprescindíveis para a detecção precoce do câncer de mama. Não podemos depender apenas do autoexame ou de sintomas palpáveis — muitas vezes o tumor já cresceu demais quando isso ocorre. Fazer mamografia, ultrassonografia ou ressonância, quando indicada, de forma periódica e contínua, dá às mulheres uma chance real de identificar alterações muito antes de se tornarem críticas. Quanto mais cedo detectamos uma lesão, maiores são as chances de tratamentos menos invasivos, melhores prognósticos e cura. Essa é a razão pela qual insistimos: rastreamento não é opção, é ferramenta de vida.”

Frequência dos exames: diferentes recomendações


Sobre a frequência ideal, de acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a recomendação é que a mamografia seja feita anualmente a partir dos 40 anos, ampliando assim a janela de diagnóstico precoce. Já o Sistema Único de Saúde (SUS) indica a realização do exame a cada dois anos, para mulheres entre 50 e 69 anos, considerando critérios de custo e priorização da rede pública.

Apesar dessas diferenças, os especialistas são unânimes: cada mulher deve conversar com seu médico para avaliar seus fatores de risco individuais — como histórico familiar e mutações genéticas — e definir o protocolo mais adequado de acompanhamento.

O Outubro Rosa vai além dos símbolos que iluminam prédios e ruas em tons de rosa. A campanha é um chamado para a prevenção contínua, para o cuidado com a saúde das mulheres e para a ampliação do acesso a exames de imagem de qualidade. Detectar cedo significa salvar vidas — e cada exame pode representar a diferença entre um tratamento simples e um diagnóstico tardio.