Justiça condena irmãos de família acusada pelo assassinato de auditor fiscal da Sefaz-AL
Os três réus foram considerados culpados por associação criminosa e ocultação de bens, com um deles tendo a pena atenuada por confissão de crimes tributários. Mãe e cúmplice foram inocentados.
A Justiça de Alagoas concluiu o julgamento da família acusada de envolvimento na morte brutal do auditor fiscal da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-AL), João de Assis, em agosto de 2022. Os três irmãos, que eram proprietários do depósito de bebidas onde o crime ocorreu, foram condenados por associação criminosa e ocultação de bens, direitos ou valores provenientes de infração penal.
O auditor João de Assis, que tinha mais de 60 anos, foi assassinado com múltiplas lesões na cabeça, espancado, asfixiado, apedrejado e esfaqueado, após realizar uma inspeção fiscal no estabelecimento comercial da família. Seu corpo foi encontrado carbonizado.
Condenações e Absolvições
O julgamento, finalizado na terça-feira (21), teve resultados distintos para os réus:
Ronaldo Gomes de Araújo: Condenado por crimes contra a ordem tributária e associação criminosa. Sua pena por ilícitos tributários foi atenuada por ter confessado espontaneamente.
João Marcos Gomes de Araújo e Ricardo Gomes de Araújo: Condenados por associação criminosa e ocultação de bens, mas foram absolvidos da condenação por crimes tributários devido à insuficiência de provas.
Maria Selma Gomes Meira (mãe dos irmãos) e João Correia de Araújo: Foram inocentados das acusações de crimes fiscais, promoção e financiamento de organização criminosa, também por ausência de provas.
Apesar das condenações, a decisão não se refere diretamente ao crime de homicídio do auditor, o qual será julgado em outra instância, no Tribunal do Júri. As condenações atuais focam nos crimes correlatos, como a associação criminosa e as irregularidades fiscais que teriam motivado o brutal assassinato.