Dedicação e cuidado com a população fazem o dia a dia dos servidores da Defesa Civil Municipal
O diretor que já foi estagiário, a única mulher da Defesa Civil de Maceió a integrar Grupo de Apoio a Desastres do Brasil e os colaboradores mais antigos da casa
A Defesa Civil de Maceió é composta por técnicos e colaboradores que se dedicam diariamente à população maceioense, mas, sobretudo de pessoas cheias de garra e que saem de suas casas todos os dias para cumprir a missão de salvar vidas.
Matheus Montenegro é um desses colaboradores. Atual diretor de operações do órgão, chegou na Defesa Civil em 2018, como estagiário de engenharia civil. Sua trajetória é marcada por muito trabalho e dedicação, não tem dia e nem hora para que ele esteja disponível para atender uma ocorrência.
Em seu início, acompanhou todo o processo de estudos para identificar a causa do afundamento do solo nos cinco bairros atingidos pela mineração. Seu trabalho foi sendo reconhecido ao longo dos anos e logo foi contratado. Desde então já passou por diferentes setores e funções: Agente operacional, Coordenador de Planejamento, Prevenção e Redução de Riscos, setor onde também foi diretor e, em 2024, assumiu a Diretoria Operacional.
O diretor lidera uma equipe de 42 pessoas que são a linha de frente do órgão, entre agentes operacionais, administrativos e engenheiros. É o setor que recebe os chamados da população, envia equipes aos locais de ocorrências, mapeia áreas de risco, interdita residências que estão em risco e faz a ponte com outras secretarias para solucionar diversos problemas como poda de árvores, demolições e outras demandas.
“Meu telefone nunca fica no silencioso, pois sei que a qualquer momento alguém pode precisar da nossa ajuda. Seja durante o período chuvoso ou não. Já liderei operações que duraram mais de 36 horas, mas eu e minha equipe estávamos à postos até que a ocorrência fosse completamente atendida”, expõe o diretor.
Além de experiências de ocorrências diárias em Maceió, Montenegro integrou equipes de trabalho em missões em outros estados, como em abril de 2023, em São Sebastião/SP, e por duas vezes no Rio Grande do Sul, em setembro de 2023 e em maio de 2024.

E foi na missão do Rio Grande do Sul, que Dayane Alexandre se destacou no mapeamento de áreas atingidas pelas enchentes, atuando como piloto de drone. Após a experiência, a arquiteta e urbanista e coordenadora administrativa da Defesa Civil de Municipal, foi convidada a fazer parte do Grupo de Apoio a Desastres do Brasil da Defesa Civil Nacional (GADE), e é a única mulher da Defesa Civil de Maceió a integrar a equipe com outros cinco homens.
Dayane é uma mulher dedicada à família, mãe de dois filhos, Vitória e Nicolas e, gestante de sete meses, espera o terceiro, Arthur. Mestra em arquitetura e urbanismo, na área de geotecnologias pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a coordenadora do núcleo administrativo de Defesa Civil de Maceió, faz parte da Defesa Civil Municipal desde 2020, e se dedica diariamente aos processos administrativos e operacionais que envolvem o trabalho de um órgão público.
“É um desafio diário lidar com as demandas de um órgão tão importante como a Defesa Civil. Mas fazer parte das mudanças e melhorias que acontecem aqui e atuar em missões em outros estados me deixa muito feliz, pois ajudar o próximo é o grande propósito da Defesa Civil”, revela a coordenadora do núcleo administrativo.
Como integrante do Grupo de Apoio a Desastres do Brasil (GADE) da Defesa Civil Nacional, Dayane pode ser convocada para diversas missões em todo o território brasileiro que necessite de mapeamento de áreas atingidas. A primeira missão como integrante do GADE foi também no Rio Grande do Sul, para concluir o mapeamento das cidades atingidas pelo desastre que ocorreu no estado.
VANGUARDA
Edivane Silva há 10 anos faz parte da Defesa Civil Municipal e há 41 anos está na Prefeitura de Maceió. Sempre com sorriso no rosto e um amor imensurável por gatinhos, ela recebe com muita simpatia a população que vem à Defesa Civil na recepção do órgão para fazer solicitações de documentos como ocorrências e mapeamentos, ou buscar informações.
Ela é conhecida nos corredores da Defesa Civil por amar e cuidar bem dos bichinhos adotados por ela, e que agora já são parte do dia a dia do órgão. São três gatinhos, a Princesa, a Estressada e o Mago. A recepcionista dá água, ração e até, de maneira inusitada, mandou fazer o colete dos gatos.
“Agora eles também são agentes da Defesa Civil”, diz Edivane com um sorrisão no rosto. “Amo receber as pessoas aqui para ajudar no que for preciso e amo cuidar dos gatinhos, eles são meus companheiros aqui na recepção”, acrescenta.

Junto com o tecnólogo do órgão Paulo Noronha, Edivane ocupa o lugar de funcionária mais antiga da casa. Noronha, como é chamado pelos colegas, está na Defesa Civil desde 2004 e tem muitas memórias de quando o órgão iniciou suas atividades em Maceió. Ele ajudou a dar os primeiros passos, com uma estrutura inicial de pouquíssimos servidores. Noronha já atuou como Apoio Técnico e como Coordenador do Centro de Gerenciamento de Emergências (CG), e atualmente compõe a diretoria de Planejamento, Prevenção e Redução de Riscos (DPR).
O tecnólogo encabeça as ações da Coordenação de Alerta e Preparação da Comunidade para Emergências Locais (APELL), que realiza simulados anuais nos bairros do Trapiche da Barra e Pontal da Barra, preparando a população para emergências, simulando um vazamento de material químico da fábrica da Braskem, empresa instalada na região.
“Não consigo imaginar Maceió sem a Defesa Civil Municipal. Assim como a Educação e a Saúde, enxergo a Defesa Civil como primordial”, conclui Paulo Noronha.





