Notícias

Estudante da Ufal representará Alagoas na COP30, em Belém

Flávio Henrique, do curso de Relações Públicas, integra delegação de jovens comunicadores que fará parte do maior evento climático do mundo

Por Redação com assessoria 28/10/2025
Estudante da Ufal representará Alagoas na COP30, em Belém
Estudante de Relações Públicas da Ufal Flávio Henrique representará Alagoas no evento (Foto: Assessoria)

Entre os dias 10 e 21 de novembro, Belém do Pará vai sediar a 30ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP30), organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Entre os participantes estará o estudante do 5º período de Relações Públicas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Flávio Henrique, que representará tanto a instituição quanto o estado de Alagoas no evento.

Realizada anualmente, a COP30 vai reunir líderes mundiais, cientistas, empresários e representantes da sociedade civil em torno de um mesmo propósito: discutir e buscar soluções para os desafios da crise climática. O encontro abordará temas como o aquecimento global, o uso de energias renováveis e a preservação da biodiversidade.

Flávio foi selecionado para participar do evento com bolsa integral, por meio da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Comunicadores (Enajoc), apoiada pela Viração, instituição social que atua com ações educomunicativas. Membro da associação desde o ano passado, o estudante integra um grupo de cinco jovens de diferentes estados brasileiros escolhidos para a ação.

Na ocasião, ele fará parte de uma delegação de jovens comunicadores de todas as regiões do Brasil e de outros países, que realizará uma cobertura educomunicativa da COP30 e da Cúpula dos Povos, um evento paralelo, auto-organizado por movimentos sociais, populares e organizações da sociedade civil.

Para o estudante, participar da ação representa uma responsabilidade ainda maior, já que ele enxerga Alagoas como um estado com demandas urgentes nas áreas de mudanças climáticas e justiça ambiental. “A COP30 é um evento de grande relevância, com decisões importantes para a agenda climática e ambiental. Representar o Estado significa ser um canal e porta-voz de diversas demandas, como o caso Braskem, os povos indígenas de Alagoas, os rios e o patrimônio natural. É muita responsabilidade, mas muito significativo”, comenta.

Destaque contínuo

Para além da cobertura, Flávio segue se destacando e participou de um percurso formativo: a Residência Educomunicativa Rumo à COP30. “A residência durou cerca de dois meses, organizada pela Viração em parceria com o Sesc São Paulo. O objetivo foi treinar nossas habilidades de comunicação, pois, além de participar, vamos produzir conteúdo sobre o evento”, explica.

A formação resultou na próxima edição da Revista Viração, que selecionou trabalhos de jornalismo, podcast, fotojornalismo e colagem para compor a publicação. Flávio foi escolhido com sua colagem intitulada Transeuntes, que aborda território e justiça climática, com diversas referências a Alagoas. A revista será lançada oficialmente durante o evento, em inglês e português, nas versões física e digital.

“Produzir a revista me trouxe habilidades de comunicação, inclusive na linguagem da colagem, que eu não tinha experiência; e, ainda que a revista chegue pronta para o evento, com os temas definidos, espero poder colocar em prática um olhar crítico, refletindo sobre os interesses da juventude e sobre a influência de empresas no evento, celebrando conquistas, mas apontando problemáticas”, reforça o estudante.

Reconhecimento Institucional

As expectativas de Flávio para o evento são as melhores. Ele destaca que os aprendizados conquistados até aqui têm sido fundamentais para sua trajetória profissional e ressalta que todo o processo foi resultado de uma troca constante.

Ele explica que a formação recebida na Ufal foi decisiva para que pudesse, além de aprender, compartilhar experiências. “Eu pude aplicar conhecimentos adquiridos na Ufal, principalmente no grupo de pesquisa ‘Baleia’ — Comunicação, Organizações e Narrativa do Capitalismo. Então foi uma via de mão dupla; aprendi muito e também pude aplicar o que já sabia, integrando pesquisa, extensão e prática comunicativa”, comemora.

Flávio aproveitou para deixar um recado para outros estudantes que, assim como ele, têm interesse em integrar os estudos sobre a luta ambiental ou ampliar as vivências acadêmicas. Ele afirma que o principal diferencial na carreira de qualquer estudante de comunicação é se perguntar: “a que fim a comunicação pode servir?”

“Entender primeiro que o que você estuda pode servir para diversos fins. Depois, se colocar para descobrir caminhos: explorar como a comunicação pode ser usada para mudanças climáticas, direitos LGBT ou outras causas. É sobre encontrar maneiras menos óbvias de aplicar o que aprendemos, descobrindo novas possibilidades e usos para a nossa formação”, conclui.

Tags