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Inflação anual deve desacelerar e ser inferior a 4,8% em outubro

Por Poder360 08/11/2025
Inflação anual deve desacelerar e ser inferior a 4,8% em outubro
Inflação (Foto: Marcello Casal Jr)

A inflação anualizada do Brasil deverá desacelerar de 5,17% em setembro para patamar inferior a 4,80% em outubro. Agentes financeiros atualizam as estimativas e começam a ver grande possibilidade de a taxa ficar dentro do intervalo da meta ainda em 2025.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgará na 3ª feira (11.nov.2025) o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial. As projeções dos agentes financeiros indicam que a taxa mensal será de 0,10% a 0,21%. A mediana das estimativas é de 0,16%. Os economistas esperam que a taxa acumulada em 12 meses será de 4,69% a 4,81%.

A desaceleração indica a possibilidade de a inflação ficar dentro do intervalo da meta ainda em 2025, antes do previsto pelo Banco Central. A autoridade monetária declarou em junho que só cederia para o patamar permitido no 1º trimestre de 2026.

A desaceleração indica a possibilidade de a inflação ficar dentro do intervalo da meta ainda em 2025, antes do previsto pelo Banco Central. A autoridade monetária declarou em junho que só cederia para o patamar permitido no 1º trimestre de 2026.

O Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou na 4ª feira (5.nov.2025) a manutenção da taxa básica, a Selic, para 15% ao ano. Afirmou ainda que ficará neste patamar por “período bastante prolongado”.

O Boletim Focus do BC (Banco Central) mostrou que as estimativas dos agentes financeiros para a inflação de 2025 estão próximas do teto da meta. A mediana está em 4,55%. O CMN (Conselho Monetário Nacional) estabeleceu meta de 3%, com intervalo de tolerância de até 4,50%.

Alimentos têm ajudado

O grupo de Alimentação e Bebidas tem contribuído para o enfraquecimento da inflação. Obteve deflação –queda de preços– nos últimos 4 meses de estatísticas do IBGE:

junho (-0,18%); 

julho (-0,27%); 

agosto (-0,46%); 

setembro (-0,26%).

Leonardo Costa, economista do ASA, disse que a moderação da inflação deve refletir queda nos preços de energia elétrica, com a mudança da bandeira tarifária de vermelha patamar 2 para vermelha 1, além de deflação de alimentos, em especial de carnes e in natura.

“No núcleo da inflação, a expectativa é de continuidade da desaceleração dos serviços subjacentes, cujas variações mensais têm mostrado comportamento mais benigno nos últimos meses”, declarou. 

O economista sênior da Genial Investimentos, Gabriel Pestana, disse, em entrevista ao Poder360, que as pressões inflacionárias do setor de serviços têm perdido força. 

“Está confirmando uma tendência de desaceleração mais clara. Com esses 2 componentes agindo juntos, bem possível que se chegue nos 4,5% neste ano”, disse o economista.

A inflação do setor de serviços está mais alta por causa de um mercado de trabalho aquecido, mesmo com a Selic elevada.

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