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Nathalia Dill adianta desfecho da personagem 'Depois de todo sofrimento, finalmente será feliz
Atriz conta que, assim como Valiana, ela luta para ter as rédeas da própria vida: 'Às vezes, consigo, outras vezes, não'

Entre tantos temas abordados em “”, novela do Globoplay, que também pode ser vista no Globoplay Novelas (antigo Canal Viva), o câncer de mama vem tirando o sono de Valiana, personagem interpretada por . Após sentir um caroço no seio, ela acaba tendo o diagnóstico de um tumor e se amedronta. Embora a trama seja ambientada entre as décadas de 1920 e 1930, ainda há muitos problemas em comum entre as mulheres com câncer hoje e as que tinham a doença naquela época.
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— O interessante é que o diagnóstico de cem anos atrás não é igual ao de hoje em dia. No caso de Valiana, ter câncer é quase uma sentença de morte. Era uma doença nova, como se fosse a pandemia (da Covid) que a gente teve recentemente. Era outra época, mas a gente vê questões muito parecidas ainda, como o abandono (da família e amigos). As mulheres com câncer ainda têm um índice altíssimo de rejeição — analisa a atriz de 39 anos.
Como não teve contato com amigas nem parentes que tivessem passado pelo drama da Valiana, Nathalia procurou mulheres que receberam o diagnóstico para compreender como elas enfrentam esse desafio.
— Conversei com algumas pessoas para entender como é a sensação diante da doença, como são os processos e o tratamento. Mas o mais bonito dessa personagem é que, após isso, ela toma as rédeas da própria vida e vai em busca da felicidade. Depois de todo o sofrimento, consegue ser feliz. As mulheres da novela, quando elas deixam de ser silenciadas e subjugadas, passam a ter força. Elas juntam os próprios cacos e dão bom retorno — conta a carioca, que, assim como Valiana, também tenta guiar sua própria vida: — Olha, eu tô sempre tentando ter as rédeas. Às vezes, consigo, outras vezes, não. Fazer arte no Brasil é uma forma de irreverência. Não é uma coisa fácil. Quando eu decidi que queria isso pra minha vida, apostei pra ver no que ia dar.
A sequência em que Valiana tem um delírio e aparece com o seio todo ensanguentado foi a mais marcante para a artista em “Guerreiros do Sol”.
— Ela ainda não sabe o que é a doença. É uma verdadeira cena de terror, com muito empenho da direção com a caracterização. Foi muito diferente de tudo que eu já fiz — afirma Nathalia, que não teve descanso entre as gravações finais da novela e o início de “Família é tudo” (2024), em que interpretou a protagonista, Vênus: — Essa passagem foi bem intensa. Acho que no processo as coisas se misturaram um pouco, tanto que a preparação para “Família é tudo” foi junto com o fim das gravações de “Guerreiros do Sol”. Nunca emendei assim dois projetos, mas deu certo — relembra.
No ar em trama ambientada no sertão, Nathalia Dill já foi 'cangaceiro' em outra novela
Com “Guerreiros do Sol”, Nathalia retorna ao sertão nordestino, universo que conhece muito bem. Em “Cordel encantado” (2011), a atriz interpretou Doralice, uma jovem que se apaixona por Jesuíno (Cauã Reymond).
Para ficar perto do amado, tenta fazer parte do bando de justiceiros que o rapaz lidera, um grupo semelhante ao de Josué (Thomas Aquino) na trama atual. Para ser aceita, finge ser um homem, assumindo a identidade de Fubá.
— “Guerreiros do Sol” me lembra “Cordel encantado” em alguns aspectos, como o sotaque, o universo... Lembra um pouco, sim, mas, ao mesmo tempo, “Cordel” era uma fábula, já “Guerreiros” é muito mais brutal (risos) — pontua a atriz.