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'South Park' sai do streaming em meio à disputa com criadores, e estreia de nova temporada fica ameaçada
Discussão sobre a exibição do seriado animado teria como pano de fundo um novo contrato e a fusão da Paramount com a Skydance

Uma disputa entre os criadores de “South Park”, Trey Parker e Matt Stone, a Paramount Global e a possível nova dona do estúdio, a Skydance, colocou em xeque a exibição da série e dos filmes relacionados. Até mesmo a nova temporada do desenho, a 27ª, corre o risco de não ir ao ar. No centro da discussão está o novo contrato que viabilizaria a continuidade do projeto: a dupla ainda tem dois anos restantes no acordo de US$ 900 milhões (R$ 5,02 bilhões), mas a nova proposta — válida por mais dez anos — triplicaria esse valor, de acordo com o site The Hollywood Reporter.
A Skydance só aceitaria a continuação da parceria por cinco anos, por priorizar uma reserva de caixa em meio ao atual cenário que envolve empresas de mídia, diz a publicação.
“Essa fusão é uma zona e está fod**** ‘South Park’. Estamos no estúdio trabalhando em novos episódios e esperamos que os fãs consigam vê-los de algum jeito”, manifestaram-se os criadores em publicações.
De início, a animação (uma produção satírica com humor ácido, voltada para um público adulto) seria exibida a partir de 9 de julho no canal Comedy Central, que pertence à Paramount. A estreia, entretanto, foi adiada por algumas semanas, disse a emissora.
Ainda segundo o Hollywood Reporter, Parker e Stone chegaram a ameaçar entrar com uma ação judicial contra a Paramount, acusando Jeff Shell — futuro presidente da empresa, atualmente em processo de fusão com a Skydance — de interferir nas negociações contratuais da dupla com outras plataformas de streaming.
“Não há uma resolução no momento, mas todos os envolvidos reconhecem a necessidade de um desfecho rápido e positivo”, afirmou um porta-voz da Park County sobre o impasse. Já a Skydance, também por meio de um representante, afirmou ao Hollywood Reporter, que “de acordo com os termos do contrato de transação, tem o direito de aprovar contratos relevantes”.