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Cinco perguntas que você precisa responder para afastar os pensamentos autodestrutivos, diz especialista em saúde mental
Psiquiatra Daniel Amen ensina técnica simples de autoquestionamento para interromper padrões mentais negativos

Nunca achar que está bom, negar suas habilidades, não reconhecer suas qualidades. Você já se pegou tendo pensamentos autodestrutivos? Esse padrão mental, muitas vezes alimentado por raiva e tristeza, pode aprisionar a mente em uma prisão sem grades, repleta de inseguranças, culpa, medo e baixa autoestima.
Mas a verdade é que não é fácil se livrar dessas correntes. No podcast “The Diary of a CEO”, o psiquiatra norte-americano Daniel Amen compartilhou formas de recuperar o controle da mente nesses momentos, usando perguntas simples feitas a si mesmo.
Daniel Amen é autor best-seller e fundador da Amen Clinics, uma rede de clínicas de saúde mental nos Estados Unidos. Ele se tornou conhecido internacionalmente por seu trabalho na área de neurociência aplicada à psiquiatria, especialmente por utilizar exames de imagem cerebral, como a tomografia, para diagnosticar e tratar distúrbios mentais.
Pode não parecer, mas os pensamentos desencadeiam uma reação química imediata no corpo. Segundo o especialista, quando surge um pensamento triste, o cérebro libera substâncias que provocam desconforto: as mãos ficam frias e suadas, a respiração acelera, e os músculos se contraem. Já um pensamento positivo gera o efeito oposto: as mãos ficam quentes e secas, a respiração se regula e o coração bate em ritmo mais harmonioso.
Durante a conversa, Daniel Amen propôs um exercício simples, mas poderoso, para neutralizar pensamentos negativos. A ideia é confrontar a afirmação mental e checar se ela realmente é verdadeira. Por exemplo, ao pensar que está indo mal no trabalho, pergunte-se: isso é um fato ou só uma paranoia? Há evidências reais disso?
Essa mudança de perspectiva pode parecer sutil, mas ajuda a aliviar o peso emocional imposto pelos pensamentos sabotadores. Para isso, Amen sugere a aplicação de perguntas diretas, que funcionam como uma espécie de autoentrevista. Anote aí:
É verdade?
É absolutamente verdade?
Como me sinto quando tenho esse pensamento?
Como ajo quando tenho esse pensamento?
Qual é o resultado de ter esse pensamento?
Mas o exercício não para por aí. O psiquiatra propõe ir além, aprofundando o questionamento com novas perguntas:
Como eu me sentiria sem esse pensamento?
Como eu agiria sem esse pensamento?
Qual seria o resultado de não ter esse pensamento?
Segundo Amen, esse processo de autoquestionamento não só alivia o sofrimento emocional como também provoca mudanças físicas no cérebro, com impactos diretos e imediatos sobre o corpo.