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Homem que assassinou sogra e escondeu corpo em geladeira é condenado a 31 anos de prisão

Réu ainda foi condenado a pagar R$ 200 mil por danos morais à família da vítima

Por Redação 20/10/2025
Homem que assassinou sogra e escondeu corpo em geladeira é condenado a 31 anos de prisão
Réu seguiu para o sistema prisional após a sentença. (Foto: MPAL)

Leandro dos Santos Araújo, de 23 anos, foi condenado a 31 anos, cinco meses e cinco dias de prisão em regime fechado pelo assassinato brutal da sogra, morta com 20 facadas. O crime chocante foi julgado por júri popular, que se encerrou na noite desta segunda-feira (20), sob condução do juiz Geraldo Amorim, titular da 9ª Vara Criminal da Capital.

De acordo com a acusação, após o homicídio, Leandro ocultou o corpo da vítima em uma geladeira. O pai do réu, Ademir da Silva Araújo, também foi levado a julgamento, acusado de ajudar na ocultação do cadáver. No entanto, ele foi absolvido. O conselho de sentença entendeu que Ademir agiu com o intuito de proteger o filho, não tendo participação direta ou criminosa no crime principal.

Com a condenação, Leandro cumprirá a pena em regime fechado. O caso gerou grande repercussão devido à crueldade do assassinato e às circunstâncias em que o corpo da vítima foi escondido.

Além da prisão, Leandro também terá que pagar uma indenização por danos morais de R$ 200 mil aos familiares da vítima, com exceção da filha que, segundo os autos, compactuou com o assassinato da mãe.

Sobre o julgamento

Durante o julgamento, Leandro declarou estar arrependido pelo crime e afirmou que agiu por impulso, alegando ter tentado se defender. “Ouvi o barulho do faqueiro e só tive tempo de reagir. Quem me conhece sabe como eu sou. Foi algo impensado, no calor do momento. [...] Eu me arrependo profundamente. Sou uma boa pessoa, mas errei e reconheço meu erro. Se eu tivesse escutado mais a minha mãe, talvez nada disso tivesse acontecido”, disse.

Ao pai da vítima, o juiz questionou Ademir se ele havia entrado no carro com o filho, e ele confirmou, explicando que levariam a geladeira para a casa do irmão da vítima. Ademir também contrariou a versão apresentada por Leandro sobre o fretista, afirmando: “Ele não sabia que havia um corpo. Foi o meu filho quem mencionou a história da macumba”.

Ademir acrescentou que só descobriu o conteúdo da geladeira no momento em que prestou depoimento à polícia. “Entrei no carro porque íamos levar a geladeira até a casa do irmão da vítima, mas acabamos desistindo e resolvemos descartá-la. Ajudei a carregá-la, fiquei com a parte mais pesada. Arremessamos a geladeira e eu não perguntei ao meu filho o que havia dentro. Só fui saber durante o depoimento”, relatou.


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