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Mesmo com tarifaço de Trump, economia da China cresce 5,2% no segundo trimestre
Crescimento do PIB chinês superou expectativas, mas demanda interna fraca e riscos ao comércio global causam preocupações com futuro

O crescimento econômico da superou as expectativas no segundo trimestre, mas uma desaceleração mais acentuada parece cada vez mais provável nos próximos meses, agravada pelos riscos ao comércio global e pela demanda interna enfraquecida.
O Produto Interno Bruto () cresceu 5,2% entre abril e junho em comparação com o mesmo período do ano anterior, após uma alta de 5,4% no primeiro trimestre, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Escritório Nacional de Estatísticas. O resultado ficou acima da previsão mediana de 5,1% feita por economistas consultados pela Bloomberg.
A segunda maior economia do mundo tem se mantido relativamente estável diante do aumento de tarifas impostas pelo presidente , em parte graças ao adiantamento de exportações e ao envio resiliente de produtos para mercados fora dos Estados Unidos.
No entanto, as pressões deflacionárias estão se intensificando, com o crescimento das vendas no varejo abaixo das expectativas e os preços dos imóveis caindo em ritmo mais acelerado em junho.
O índice CSI 300 — referência para ações negociadas na China continental — perdeu os ganhos registrados mais cedo após a divulgação dos dados e fechou praticamente estável. O yuan também se manteve estável.
Analistas do Morgan Stanley esperam que o crescimento do PIB caia para abaixo de 4,5% na segunda metade do ano devido a “uma correção após o adiantamento de exportações, ao enfraquecimento do comércio global em meio à nova escalada tarifária e à continuidade do ciclo deflacionário.”