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Alagoas conquista 1º lugar do país em estrutura de apoio a empreendimentos inovadores

Por Agência Alagoas 16/10/2025
Alagoas conquista 1º lugar do país em estrutura de apoio a empreendimentos inovadores
Centro de Inovação no Jarágua oferece espaços gratuitos para reuniões e trabalho (Foto: Ascom Secti)

Alagoas conquistou, este ano, o primeiro lugar do país em estrutura de apoio a empreendimentos inovadores, segundo dados divulgados nessa quarta-feira (16), pelo Centro de Liderança Pública (CLP). De acordo com o indicador Estrutura de Apoio à Inovação, que compõe o Ranking de Competitividade dos Estados, Alagoas conquistou nota máxima – numa escala que vai de zero a 100.

Segundo o levantamento, o Estado conta com 4,3 novos modelos de negócios para cada 1 milhão de habitantes. Essas empresas incluem aceleradoras, incubadoras, parques tecnológicos e parques científicos. O número é maior do que estados como São Paulo, que conta com 0,8 empreendimentos inovadores para casa 1 milhão de habitantes, Rio de Janeiro (1,6) e Distrito Federal (1,7).

No indicador de Estrutura de Apoio à Inovação, o CLP observa o número de novos modelos de negócios filiados à Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) para cada 1 milhão de habitantes. “Dessa forma é possível notar o trabalho dos estados no apoio ao desenvolvimento de empreendimentos inovadores”, destaca o Centro.

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Para chegar à primeira posição do ranking, Alagoas conquistou quinze posições em relação a 2024, desbancando Rondônia, que encabeçava a lista, com 78,8 pontos. Atualmente, o estado da região Norte conta com 3,4 empreendimentos inovadores para cada 1 milhão de habitantes.

O ranking segue com os estados do Rio Grande do Sul (73,7 pontos), Mato Grosso do Sul (62,9), Paraná (61,8) e Santa Catarina (61,8). Na outra ponta, o Maranhão aparece em último lugar, com zero ponto – o que significa nenhum empreendimento inovador. Em seguida aparecem Bahia (7,7 pontos), Pará (10,6 pontos) e São Paulo (18 pontos, ou 0,8 negócios inovadores para cada 1 milhão de habitantes).

Em Pariconha, onde cumpre agenda, o governador Paulo Dantas comemorou nesta quinta-feira (16), o levantamento divulgado pelo CLP. “O resultado demonstra confiança e cumprimento de compromissos que o governo tem feito também com o setor produtivo. É por essa razão que estamos no melhor momento na geração de emprego, com o menor índice de desemprego da história de Alagoas”, destacou.

Para a secretária de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, Aline Rodrigues, Alagoas demonstra uma trajetória de avanço contínuo nos últimos anos na área da ciência, tecnologia e inovação. “O esforço do Governo, por meio da Secti e da Fapeal [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas], tem colocado o estado no topo em vários índices, como é o caso deste de apoio aos empreendimentos inovadores”, ressalta.

Ela cita programas desenvolvidos pelo Governo, como o Vai Startup e Lagoon Startup, que funcionam como incubadora e aceleradora, respectivamente, aumentando a densidade e a qualidade dos ambientes de inovação ao fornecer capital para empresas de base tecnológica. “Não só esses, mas diversos outros programas que alavancam o ecossistema tem posicionado o estado com ótimos índices. Então, estamos muito felizes com esse resultado e vamos seguir trabalhando para o Alagoas permanecer no topo”, ressaltou Aline Rodrigues.

Parques tecnológicos

Estudo apresentado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) na 35ª Conferência Anprotec, ocorrida em Foz do Iguaçu (PR) entre segunda (13) e quarta-feira (15), mostra que o Brasil conta com 113 parques tecnológicos, dos quais 64 estão em operação, 42 em implementação e sete em planejamento. As iniciativas já abrigam 2.706 empresas e organizações.

Os dados revelam também que todas as regiões do Brasil têm parques tecnológicos, mas, até janeiro de 2025, 11 estados não tinham essas estruturas em operação (Acre, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia e Tocantins) e três não têm nenhuma iniciativa do tipo (Acre, Mato Grosso do Sul e Rondônia).

Atualmente, 2.706 empresas estão vinculadas aos parques, com faturamento anual estimado em R$ 15 bilhões, pagamento de mais de R$ 1 bilhão em impostos e geração de 75 mil empregos qualificados. Os investimentos acumulados somam aproximadamente R$ 14 bilhões, sendo R$ 3 bilhões em subvenções e o restante majoritariamente de governos estaduais, que respondem por 50% dos aportes.

As empresas presentes nos parques tecnológicos pertencem aos setores de tecnologia da informação (50%), economia criativa (10%), saúde humana (9%), suporte à Ciência, Tecnologia e Inovação (8%), biotecnologia (8%) e agronegócio (8%).

Em Alagoas, a população conta com o Parque Tecnológico de Inovação do Jaraguá, que fortalece as empresas locais e atrai novos empreendimentos voltados para o desenvolvimento de soluções em tecnologia nos setores público, privado, universidades e centros de pesquisa.

Gerido pela Secti, o centro contribui diretamente com a melhoria da competitividade das empresas e estimula o desenvolvimento econômico do estado, ao promover o empreendedorismo e a inovação.

Para possibilitar uma estrutura ainda melhor do espaço, em julho deste ano a Secti teve projeto aprovado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, para expansão e modernização do Centro de Inovação do Jaraguá. 

Com investimento estimado em R$ 15 milhões, o projeto contempla a construção de um laboratório de realidade mista, uma fábrica de prototipagem e uma usina solar fotovoltaica, além da modernização e ampliação das instalações físicas do parque.

A proposta busca aumentar a eficiência operacional do espaço, atrair novos investimentos e estimular o desenvolvimento de soluções tecnológicas alinhadas às tendências globais.

CPL

O Centro de Liderança Pública é uma organização suprapartidária que busca engajar a sociedade e desenvolver líderes públicos para enfrentar os problemas do Brasil. Há 15 anos, elabora o Ranking de Competitividade dos Estados, ferramenta que reúne dados para auxiliar gestores públicos a diagnosticar problemas e elencar prioridades, já é utilizado por mais de 20 estados.