Notícias

Maceió reúne quase metade dos casos de violência contra a mulher em Alagoas

Por Redação* 23/10/2025
Maceió reúne quase metade dos casos de violência contra a mulher em Alagoas
(Foto: Violência contra Mulher)

Alagoas registrou 466 casos de violações contra a mulher em setembro de 2025, segundo o Painel do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. As ocorrências incluem agressões físicas, ameaças, constrangimentos, perseguições e outros tipos de violência.

Do total, 222 casos foram registrados em Maceió, o que representa quase metade das ocorrências em todo o estado. O levantamento também mostra que Alagoas manteve, em 2024, uma taxa de feminicídio de 1,3 por 100 mil mulheres. A maioria das vítimas é negra ou parda, e o ambiente doméstico continua sendo o principal local das agressões.

LEIA TAMBÉM: Polícia Civil prende dupla e desarticula megaesquema de falso financiamento com vítimas em todo o país

Justiça condena irmãos de família acusada pelo assassinato de auditor fiscal da Sefaz-AL

De acordo com o delegado Arthur César, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), as investigações mais recentes indicam que a violência de gênero segue como o principal motivador dos feminicídios registrados no estado.

“Alguns casos são claramente de feminicídio, quando a mulher é morta pela condição de ser mulher, dentro de um contexto de violência doméstica ou familiar. Outros envolvem situações específicas, ligadas a disputas ou à criminalidade, mas são pontuais”, afirmou o delegado.

Assassinadas e sem desfecho 

Dois casos mais recentes de feminicídios na capital alagoana aconteceram praticamente na mesma época, um no início de setembro e outro no meio de outubro. A polícia ainda segue apurando os fatos para entender quem e como ambas foram assassinadas.

Luana Menezes, de 27 anos, foi encontrada por morta dentro da sua residência, no bairro da Ponta Grossa, com sinais de violência física e um lençol enrolado no pescoço. O corpo foi deixado apenas com as vestes íntimas e a família chegou a fazer apelo nas redes sociais por justiça, mas até o momento o caso segue sem conclusão e nenhum suspeito encontrando.

A outra vítima, Jéssica Daiane Gonçalves da Silva, 20 anos, havia desaparecido no dia 20 de outubro nas proximidades do Vergel do Lago e o cadáver foi achado boiando na Lagoa Mundaú, em um trecho no município de Coqueiro Ceco. Ela estava decapitada e também tinha marcas de agressão. 

Ambos os casos ainda estão sob investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de Alagoas. 

*Com informações do Extra Alagoas